segunda-feira, 6 de setembro de 2010

VIVIFICA-NOS!

A mensagem de hoje aborda o Livro  dos Salmos. Esse livro é composto (obviamente) dos salmos, que constituem  escritos poéticos de autores variados, reunidos originalmente para declamação  ou canto. Na origem grega do termo, os salmos referem-se a "canções a serem  entoadas ao som da harpa"; mas são inclusos como salmos as orações, as  lamentações individuais, os poemas sobre a sabedoria e a confiança e as ações  de graça, entre outras formas de composição em verso.
Estima-se que grande parte dos  salmos tenha sido escrita por Davi, mas há também salmos atribuídos a Asafe, aos  filhos de Corá (que eram levitas no período do Rei Josafá, de acordo com 2  Crônicas 20: 19) e até mesmo a Moisés. Não importando a sua autoria, no  entanto, os salmos são inspirações do Espírito Santo e, como tais, capazes de revelar  a essência de Deus para as nossas vidas e expressar, se recitados, o que vai no  nosso interior com relação ao Pai.   
Entre os 150 salmos que compõem,  cada um, os 150 capítulos que formam esse Livro, chama a atenção o salmo 119.  Com 176 versículos, esse salmo não apenas é o maior capítulo de toda a Bíblia,  como, na versão original, é dividido em estrofes de oito versos, cada uma iniciando  por uma letra do alfabeto hebraico. E destaca-se o fato de que o salmista  constrói cada verso (sejam os de exaltação, queixa ou libertação) fundamentado  na dádiva da Lei de Deus.         
O salmo 119 estabelece a Palavra  de Deus como padrão para todas as coisas. Nele, a lei divina é enfatizada como  excelente e a observância aos mandamentos como o caminho para a felicidade.  Esse salmo também revela o desejo do salmista em cumprir os mandamentos, denotado  principalmente no uso de expressões como "cumprirei os teus decretos" (v. 8),  "guardo no coração as tuas palavras" (v. 11), "meditarei nos teus preceitos"  (v. 15), "terei prazer nos teus mandamentos" (v. 47), "apresso-me [...] em  guardar os teus mandamentos" (v. 60), "nunca me esquecerei dos teus preceitos"  (v. 93), "amo os teus mandamentos" (v. 127), "alegro-me nas tuas promessas" (v.  162), entre outras.  
E a maneira de reter os  mandamentos dá-se por meio do próprio ânimo conferido pela lei do Senhor.  Assim, a retenção da Palavra de Deus é definida como processo de vivificação.  Notem-se, por exemplo, como o vocábulo "vivifica-me" é utilizado nos versículos  25, 37, 40, 50, 88, 107, 149, 154, 156 e 159, tanto como meio de guardar os  decretos eternos como fim a que se chega ao fazê-lo. 
Isso é demonstrado no versículo  25, em particular, na súplica do salmista: "A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me  segundo a tua palavra". A comoção em que se dá esse clamor revela a condição de  alguém que estava abatido e sem forças e necessitava de um toque do Altíssimo  para reviver; e cujo caminho para tanto era certo de ser encontrado no poder da  revelação divina.      
Essa dádiva dupla da Palavra está  disponível para nós. Não obstante à imensa distância que nos separa da época de  composição do salmo 119, o valor eterno da lei do Senhor é poderoso para  penetrar todas as esferas corroídas e sem vida da nossa alma e do nosso coração  e nos conferir vida em abundância. Apeguemo-nos, então, à Palavra e sejamos  vivificados por sua luz e verdade.   
Em Cristo,

Saudações Celestiais.

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